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O Lápis

Quando comecei a trabalhar sobre o conto Os Salteadores, de Jorge de Sena, para o adaptar a um filme de Animação não me preocupava ainda qual seria o seu design final, foi durante a realização dos esboços com que tentava visualizar o filme e que posteriormente deram origem ao story-board, que os desenhos finais foram ganhando forma.

A acção desta história passa-se principalmente de noite e interessavam-me sobretudo os jogos de luz, o claro - escuro, o contraste entre as luzes e as sombras.

 

A grafite, sobretudo as minas mais moles, tais como as 6B ou 9B criam negros profundos com bastante facilidade e sobretudo com grande comodidade. São fáceis de transportar e de trabalhar, não exigem nada de especial, são tão normais que nem sequer temos de pensar para as utilizarmos.

 

À medida que o story-board ia tomando forma iam-se definindo os personagens e sobretudo os ambientes. Estes desenhos eram de dimensões bastante reduzidas e o bico dos lápis bastante rombo de maneira que os desenhos ficavam expressivos sem necessidade de grandes detalhes e onde as texturas ganhavam importância.

 

Quando o story-board ficou concluído gostei dos desenhos que havia feito e sobretudo gostei dos ambientes conseguidos e assim se tornou óbvio que teria de se utilizar o mesmo método para os desenhos finais. Ora como estes estudos tinham sido feitos a grafite foi naturalmente assim que o lápis de grafite veio a ser utilizado na pintura dos mais de dez mil desenhos que foram necessários para fazer os perto de 14 minutos deste filme de Animação.


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